segunda-feira, 21 de abril de 2014

A história se faz: nomes, posicionamentos



20.Abr.2014

A subsidiária Transpetro já alcançou a marca de dez navios do Promef lançados ao mar. Cada um deles foi nomeado em referência a um grande nome da história do Brasil. Saiba mais sobre os homenageados:
Foto: Banco de Imagens Petrobras
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Nascido em 1920, na Paraíba, o economista (1920 – 2004) procurou entender a realidade do Brasil e, principalmente, a dos brasileiros, a fim de propor caminhos para o avanço do país. Para ele, os conceitos econômicos tradicionais, limitados a teorias e suas aplicações, eram insuficientes para explicar a realidade. Estendeu à economia uma visão humana e interdisciplinar para compreender melhor o subdesenvolvimento. Foi jornalista, funcionário público, advogado, doutor em Economia, pioneiro da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), e ministro do Planejamento e da Cultura.
Foto: Banco de Imagens Petrobras

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Nascido em Encruzilhada do Sul (RS), João Cândido (1880 – 1969) entrou para a Marinha aos 13 anos, em 1894. Marinheiro do Rio Grande do Sul e filho de ex-escravos, reivindicou melhores e mais seguras condições de trabalho nos navios brasileiros e liderou a Revolta da Chibata, como foi chamada, em 1910. Embora o movimento tenha terminado com o compromisso de o Governo Federal acabar com os castigos corporais e de conceder anistia aos revoltosos, João Cândido e os outros líderes foram detidos. Banido da Marinha, o Almirante Negro, como ficou conhecido, sofreu grandes privações, vivendo precariamente, trabalhando como estivador e descarregando peixes na Praça XV, no Centro do Rio de Janeiro. João Cândido faleceu em decorrência de um câncer, pobre e esquecido, em 1969, aos 89 anos.
Foto: Banco de Imagens Petrobras

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Sérgio Buarque de Holanda (1902 – 1982), um dos mais importantes pensadores brasileiros, mudou a maneira de se fazer e de se pensar História no Brasil. Autor de, entre outras obras, “Raízes do Brasil” e “Visão do Paraíso”, o historiador mostrou a importância da intervenção de novas forças sociais na vida brasileira. Em 1969, em um protesto contra a aposentadoria compulsória, pelo regime militar, de colegas da Universidade de São Paulo – onde era professor catedrático de História da Civilização Brasileira –, decidiu encerrar a sua carreira docente. Nascido em 11 de julho de 1902, em São Paulo, morreu em 24 de abril de 1982, aos 79 anos. Publicou dez livros, alguns traduzidos para o italiano, japonês, alemão, francês e espanhol. Bacharel em Direito, exerceu também o jornalismo e a crítica literária.
Foto: Agência Petrobras

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Rômulo Barreto de Almeida (1914 – 1988) nasceu em Salvador em 18 de agosto de 1914, formou-se em Direito, mas dedicou sua vida profissional ao planejamento econômico. Integrou a assessoria econômica do Presidente Getúlio Vargas, em seu segundo mandato, e deu importante contribuição para a criação de grandes estatais brasileiras, como a Petrobras e o Banco do Nordeste. Ocupou cargos públicos de destaque em governos e empresas e foi professor em importantes instituições de ensino, como a Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (Ebap/FGV) e a Escola de Comando e Estado Maior da Aeronáutica. Era diretor de planejamento da área industrial do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), quando faleceu, em 23 de novembro de 1988, em Belo Horizonte.
Foto: Agência Petrobras

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Zumbi dos Palmares (1655-1695) nasceu no estado de Alagoas, em 1655. É considerado um dos grandes líderes da resistência negra à escravidão, na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, em Alagoas, comunidade livre formada por escravos fugitivos de fazendas. Lutou pela liberdade de culto, de religião e pela prática da cultura africana no país. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.
Foto: Agência Petrobras

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Ex-vice-presidente da República (1931 – 2011), homem público e empresário. De humilde balconista que, aos 14 anos, já trabalhava em um armarinho em Muriaé (MG), ao comandante de um império industrial, José Alencar se transformou em líder empresarial e político respeitado e admirado que ajudou a escrever importantes páginas da história do Brasil.
Foto: Agência Petrobras

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Francisco José do Nascimento (1839-1914) é a identidade do herói cearense historicamente conhecido como Dragão do Mar. O líder jangadeiro, também conhecido como Chico da Matilde, chefiou os jangadeiros que se engajaram na luta abolicionista, recusando-se a transportar para os navios negreiros os escravos vendidos para o Sul do país.
Foto: Agência Petrobras

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Ana Maria de Jesus Pinheiro (1821 – 1849) nasceu em Santa Catarina, em 1821. Aos 14 anos, casou-se, pela primeira vez, com o sapateiro Manoel Duarte de Aguiar. Com 18 anos, conheceu o italiano Giuseppe Garibaldi, à época com 32 anos, durante a Revolução Farroupilha. Anita decidiu seguir Garibaldi e subir em seu navio para lutar na guerra. Participou de diversas batalhas, combatendo ao lado de Giuseppe, com quem se casou e teve quatro filhos. Recebeu o título de “Heroína de dois mundos”, por ter participado de batalhas no Brasil e na Itália. Morreu aos 27 anos, em Ravena, na Itália.
Foto: Agência Petrobras

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Oscar Niemeyer (1907 - 2012) é considerado uma das figuras-chave no desenvolvimento da arquitetura moderna. Visionário e decidido, acreditou em projetos que mudaram a cara de cidades e até mesmo do Brasil, como a construção de Brasília, na virada da década de 50 para a de 60. Identificada pelas curvas que a caracterizam e pelas formas abstratas, a sua arquitetura está presente em diversos países e é comumente considerada obra de arte.
Foto: Agência Petrobras

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Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes (1914 – 1992) foi uma das mais importantes ativistas humanitárias brasileiras do século XX. Também conhecida como Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, a baiana de Salvador morreu em 1992, em sua cidade natal. Ela realizou obras de caridade para presidiários, mães lactantes, doentes, crianças, operários e pobres em geral, atividades que ganharam notoriedade no Brasil e no mundo.
Irmã Dulce pertencia à Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e pode se tornar a primeira santa católica nascida no Brasil. A cerimônia de beatificação (última etapa antes da canonização), realizada em 2011, foi presidida pelo arcebispo emérito de Salvador, Dom Geraldo Majella Agnelo, designado para o evento pelo então papa Bento XVI.

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